Natal, época de felicidade?


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Dezembro é um momento de festas. O Natal está chegando! Para muitos, um período de muita felicidade, para outros, de dor e sofrimento.

Podemos nos perguntar: por que alguém pode se sentir infeliz numa época de bênçãos e luzes? A resposta é bem simples: porque cada um, por motivos particulares e individuais, deixou de sentir o que torna o Natal especial.

Para uns, o Natal é um momento mágico, porque sentem em seus corações a oportunidade de se verem mais profundamente ligados ao Pai e ao Seu Filho muito amado. Porque cada um de nós se sente aniversariando juntamente com Jesus.

Se, a cada aniversário nosso, temos a oportunidade de ver que mais um ano se passou e o quanto crescemos e aprendemos as lições da vida, imaginem quando passamos pelo aniversário de alguém tão especial como Jesus. Ele nos foi apresentado, século após século, como um exemplo de vida, de ensinamentos marcantes sobre como poderemos amar e nos fazermos mais presentes na vida do outro, seja ele um familiar, seja ele um estranho. Jesus se deparava, todos os dias, com muitos “estranhos” em sua caminhada, mas a ninguém rechaçava. Todos cabiam em Seu coração, todos se sentiam acolhidos por Ele.

Em razão de Sua postura, de Seu exemplo de vida, de Sua coerência no falar e no agir, foi escolhido por muitos de nós como aquele professor humilde de quem aceitamos os Seus sábios conselhos para melhor vivermos. Só que isso somente é uma verdade para nós quando acreditamos Nele, quando acreditamos que Ele está ao nosso lado, nos amparando, nos acolhendo, nos acompanhando em cada experiência de nossas vidas.

Infelizmente, muitos de nós tivemos, nesta ou em outras experiências reencarnatórias, muitas decepções, mágoas, dores e sofrimentos. Então, se não aceitamos a bondade divina como certa para nossa existência (como um dogma) ou se não compreendemos o Segredo da Vida neste planeta escola, não conseguiremos nos sentir amados por Deus; questionaremos o Seu amor por nós; nos sentiremos desamparados por Ele.

O segredo da vida encarnada é simples, mas depende de nós aceitarmos tal segredo como verdadeiro: Deus, em Seu infinito amor, entrega em nossas mãos (com uma certa ajudinha de nossos instrutores) o destino de nossas vidas. No patamar evolutivo que temos, já podemos construir a base de nossa existência, através de nossas ações e escolhas. Então, o que vivemos faz parte de nossa plataforma de vida planejada por nós para o nosso crescimento. Se não cremos nisso, nos deixamos contaminar pelo desespero, pela tristeza infinita de acreditarmos que Eles (Deus e Jesus) não nos querem bem.

Trago, para ilustrar o que quero dizer, uma passagem do livro “Perdão, a Chave para a Liberdade”, de Ezequiel, onde Onofre conversava com a sua esposa sobre a sua dificuldade em aceitar ser feliz tendo o seu filhinho falecido há pouco tempo. Ante a resposta dela[1]...

“Henrique não o deixou só. Ele sabia que teríamos um ao outro. O que ele fez foi nos deixar uma lembrança de tempos muito felizes e isso jamais poderá ser pago por nós. Uma vez ele me disse que sua vinda a esse mundo tinha o propósito de nos mostrar que Deus nos amava, dando-nos a oportunidade de vivermos juntos por alguns anos. Eu achei que tinha entendido, na época, mas agora eu entendo mais. Ele já sabia que iria mais cedo. Como ele sabia disso, eu não sei. Mas, na minha visão, isso só prova que ele era realmente um anjinho e que Deus nos possibilitou vivermos com a presença dele. Isso é o amor de Deus para conosco.”

... Onofre concluiu consigo[2]:

“Pensando bem, em nenhum momento eu fiquei desprotegido em minha vida. Quando o meu pai morreu, eu tinha minha mãe; quando minha mãe se foi, logo depois eu conheci Luíza que preencheu a minha vida por completo; depois, nós tivemos Henrique, que foi um jardim florido para mim. No entanto, até agora, eu só me vi envolvido com as preocupações mundanas. Somente agora, que eu me flagrei querendo morrer, que eu entendi por que eu era tão revoltado com Deus. Porque pensava que Ele não me amava e só queria me punir. E, se Deus me punia, era porque eu não tinha sido um bom filho, levando o meu pai a sair sempre de casa para beber. Eu achava que o meu pai não via nada de bom em mim. Somente agora, com tudo isso, pude enxergar que ele bebia porque ele queria e que não era eu o causador de seu vício. Talvez, como eu, ele também precisasse se encontrar. Somente agora, que me deparei comigo mesmo, consigo ver e sentir as bênçãos de Deus na minha vida”.

Se perdemos alguém que amamos, se não conseguimos o emprego que sonhamos, se não temos a condição financeira que almejamos, nos rebelamos contra o Pai que, para nós, os Seus filhos rebeldes, deveria nos prover daquilo que acreditamos merecer.

Nos colocamos tão decepcionados com a vida, com as verdades estampadas e com o caminho que trilhamos que queremos dar às costas a tudo o que eles representam. Então, o primeiro que rechaçamos somos nós, pela decepção que sentimos de nós mesmos, e, depois, Jesus, porque Ele é o exemplo de como deveríamos viver, mas não o fazemos. Ele não é o Caminho, a Verdade e a Vida?

Mas, podemos mudar. Podemos buscar a compreensão de suas palavras. Podemos compreender que Ele jamais exigiu de nós algo que não conseguíamos fazer. Em nossos momentos de desilusão, podemos nos sentir tristes, podemos ter raiva e não conseguir perdoar, mas Ele aguardará que consigamos, cada um ao seu tempo, buscar esses instrumentos que nos fariam deixá-Lo adentrar em nós e nos consolar.

Jesus nos ensinou e continua nos ensinando, através de cada experiência que vivemos, que podemos fazer escolhas notáveis para o nosso bem-estar. Então, Jesus aguarda. Ele aguarda cada irmão Seu lhe dar espaço em seu ser para que Ele possa promover os milagres da felicidade, da realização e do crescimento incessante.

A partir daí, todo aniversário será um momento de realização, principalmente, o de Jesus em nossa vida. A partir daí, não haverá dúvida em nossos corações que o Natal será sempre um momento de felicidade para todos nós.




[1] Machado, Adriana. Perdão: a chave para a liberdade (Kindle Locations 802-807).  . Kindle Edition.
[2] Machado, Adriana. Perdão: a chave para a liberdade (Kindle Locations 811-817).  . Kindle Edition.

4 comentários :

  1. Vou vivenciar neste Natal as minhas verdades,frutos de muitos raciocínios, tentando seguir pelo caminho que escolhi.
    Será uma experiência nova, a partir da observação de que somente vivendo estas escolhas de fórum íntimo com fé nos ensinamentos de Jesus, até então assimilados, é que poderei transformar no aprendizado que me proporcionará a felicidade que busco
    Feliz Natal

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    1. Que bom que você consegue ter esse objetivo. Siga em frente e acredite em você. Esse é o seu plus para fazer da sua vida uma oportunidade de muitas mudanças e crescimento.
      Um feliz natal para você e sua família.

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  2. Bom dia ,querida Adriana ,Tenho certeza que esse natal ,vai ser o melhor de todos os natal que passei,hoje eu sei,demorei pra aprender ,pra sentir ,que esse novo caminho ja estava escrito ,mas a minha ignorancia nao me deixava ver,apesar de tudo ... ,,graças a Deus ,ao mestre Jesus ,e aos anjos irmaos ,irmaos amigos ,a Espiritualidade ,a casa fraterna que me acolheu ,eu estou conseguindo,estou levantado apesar de algumas dores ,que ja nao me doem tanto mais,tambem com tantos professores , agindo com coraçao,é tinha que ser assim ,e esse e meu caminho ,pra me dedicar , aprender a ser cada dia melhor ,respeitar e aceitar a todos com carinho,humildade sempre eu agradeço a vc e atodos ,da casa fraterna ,hoje eu tenho mais certezas,sou mais segura de mim tudo isso e muito bom ,obrigado a todos ,um maravilhoso ,especial,cheio de muitas bençaos um carinhoso natal a vc Adriana e a todos os outros,Obrigado Deus por tudo isso,e por muito mais ,Feliz Natal irmaos amigos anjos,bjs

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    1. Que maravilhoso, Solange, perceber que a gente está crescendo e sofrendo menos; que a gente não está só e que, apesar de todas as dores, a vida continua nos trazendo alegrias e aprendizados.
      Um feliz natal para você, com muito carinho!

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