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Vocês sabem
que eu já falei, inúmeras vezes, que somos aqueles que mais nos amamos, não é?
Que muitas vezes até nos prejudicamos por acreditarmos, inconscientemente, que
será melhor para nós se atendermos ao outro?
Então, quando
eu pergunto a cada um de vocês se vocês se aceitam, parece até um contrassenso,
não é? Mas, não é não.
Pensem
comigo: será que a gente aceita todas as nossas dificuldades, nossas
imperfeições, nossas (in)virtudes?
Quem de nós
fala aos quatro cantos do mundo que é egoísta, orgulhoso, vaidoso...?
Por acreditarmos,
hoje, que todas essas qualidades são “condenáveis”, não queremos nos deparar
com atitudes nossas que as tenham como base, ficando pior quando o flagra delas
se dá por terceiros. Isso chega até a nos perturbar.
Mas,
verdadeiramente, não deveria ser assim! Primeiro, porque essas qualidades não são negativas. Como eu
posso subir na vida se eu não tiver ambição? Como eu posso melhorar o meu
desempenho se não tiver orgulho de minhas conquistas?
Essas qualidades
estão em nós para o nosso aprimoramento, para que cresçamos empolgados e
impulsionados. O que não é positivo é a exacerbação
dessas qualidades, porque ela (exacerbação) nos impulsiona de uma maneira desequilibrada,
descambando para outros sentimentos como o egoísmo, a inveja, por exemplo.
Se eu abraço
o orgulho de uma forma desequilibrada, provocarei a exacerbação do mesmo,
criando em mim o egoísmo na sua mais pura essência. Se ele “é um amor
próprio excessivo, que leva um indivíduo a olhar só para os suas opiniões,
interesses e necessidades, e que despreza as necessidades alheias”[1], então, o egoísmo nos trará dores e
sofrimentos em algum momento de nossa vida.
E sabem por quê? Porque, em nosso ser, o que
é certo é estarmos em harmonia com o Cosmos. Tudo o que nos retira dessa
sintonia, nos faz sofrer, principalmente quando já entramos, conscientemente,
na jornada de nos fazermos melhores.
Temos de nos encarar como estamos
para que construamos um melhor somos.
Se, diante de minhas reações, flagro-me
orgulhosa e egoísta, que eu possa confessar para mim essas qualidades. Depois
disso, cabe a mim escolher qual caminho seguir! Para um aprimoramento mais
rápido, precisamos enfrentar isso para nos levarmos mais célere ao sentimento puro,
que deturpado, o gerou: o amor! O egoísmo, segundo o seu conceito, é um amor por
nós que saiu de seu ponto divino e tornou-se excessivo, trazendo-nos o
desconforto de vivermos nele.
Como faremos para transmutá-lo? Sendo quase
raciocinais, quase matemáticos.
Vou indicar um método de uma amiga. Pensemos
assim:
Sou invejosa? Sim. Do quê ou de quem? X. Porque? Y. O que eu faria para obter o objeto de minha
inveja? Z. Diante do que já sei,
vou fazer Z?
Esse momento é crucial para que você faça uma
escolha consciente de sua vontade, e, por consequência, enxergando somente em
você o construtor inigualável de seu destino.
Essas respostas lhe mostrarão o que você quer
e até onde você iria para conseguir o que quer. Muitas vezes, nos flagrarmos
neste instante é imprescindível para nós, porque nos faz mudar o rumo de nossa
história quando não desejamos continuar naquele ciclo vicioso das nossas muitas
vidas.
Continuando com o raciocínio, se acharmos que
vale a pena fazer Z, ele virará um objetivo e nos esforçaremos para
alcançá-lo. Se não, podemos até achar que valeria a pena termos aquele objeto
de conquista, mas o sacrifício pessoal seria caro demais para arcamos.
Acredito que, assim, pararemos de nos
crucificar a cada reação nossa, e nos aceitaremos com mais brandura porque nos
veremos como seres perfeitos, mas em construção, e merecedores de nosso amparo,
amor e reforma íntima.
Amei...Uma nova visão para tudo aquilo que, por vezes, escondemos por achar uma vergonha ter estas (in) virtudes caminhando conosco. Qual o lema? Caminharmos sempre em harmonia conosco e com os outros. Bjbj, Franciane
ResponderExcluirSe nos entendermos, pararemos de nos julgar sem compaixão. É um trabalho árduo para quem está acostumado, a séculos, a sempre julgar os outros e a si mesmo.
ResponderExcluirE vamos que vamos. Bjs Franciane.