
Eu acredito que não é tolice
gastar uma ou duas páginas escrevendo sobre esse tema, porque, hoje, a maioria
de nós não sabe a sua própria receita para ser feliz. A maioria de nós está
usando a receita alheia para buscar alcançar uma felicidade que, a cada dia,
percebemos que é efêmera e não se sustentará como meio eficaz para
permanecermos felizes quando a alcançarmos... logo, logo, estaremos buscando
outro meio para sentirmo-nos bem.
Por isso, faça essa pergunta para
você e, agindo, aguarde o tempo necessário para ouvir ou enxergar a resposta da
vida.
Eu comecei lá no início deste artigo
dizendo que não sabemos qual a nossa própria receita para sermos felizes e, se
assim é, está na hora de procurarmos descobrir. Esta receita é particular,
subjetiva, mas também é baseada em uma base coletiva que poderá ser colocada aqui.
Há dois mil anos, Jesus dizia que
não veio modificar as leis e os profetas, mas dar-lhes cumprimento naquilo que
é e que foi trazido. Ele veio nos descortinar a lei maior e que deveria estar
em nossos corações e na prática de nossas escolhas: “Amar a Deus sobre todas as
pessoas, seres ou coisas e ao seu próximo, como a ti mesmo”. Ele estava nos
dando a receita para a nossa felicidade infinita. Ela nos traz uma regra de
comportamento que adentrará em nosso ser tão profundamente que não deixará
espaço para tristezas ou desilusões.
“Amar a Deus sobre tudo e todos”
é entender que somos eternamente amados; que a nossa criação teve um propósito;
e que Ele, que É Tudo e sabe Tudo, não errou conosco.
“Amar ao próximo como a nós
mesmos”, é compreendermos que podemos dar tudo ao outro, porque não sairemos
perdendo em nada. Esse tudo é o que já podemos repartir, pois, antes de dar,
tivemos de acolher em nós mesmos o que construímos, para conseguirmos repartir
o que é verdadeiramente nosso.
Se não tivermos essa compreensão,
continuaremos sentindo que nada nos pertence, que não adianta repartirmos o que
pouco parece que temos e que Deus não se importa nada conosco. Nossa felicidade
não será completa, não porque não temos todas as ferramentas para esse fim, mas
sim porque as temos e não sabemos como usá-las.
Na prática do nosso viver, é que
as enxergaremos em nós e, assim, poderemos lubrificá-las e amolá-las para que sirvam
a sua função de ferramentas perfeitamente utilizáveis para o reequilíbrio do
nosso ser (espírito/matéria).
Para sermos felizes, precisamos amar
a vida com tudo o que ela nos oferece sem rancor ou mágoa de quem quer que seja.
Não se surpreendam em saber que um desses alvos dos nossos sentimentos menos
gratificantes pode ser o nosso Eu por não compreendermos que podemos errar, por
não compreendermos que ainda temos muito a aprender e, portanto, nos
massacramos em punições e revoltas. Quando é assim, além de nós mesmos, Deus
está inserido neste alvo porque Ele está em nós e, como resultado, a nossa dor será
infinitamente mais desoladora.
Se a vida está tranquila, sejamos
gratos. Se a vida nos parece difícil ou tumultuada, sem esperança ou desoladora,
sejamos gratos ainda mais, confiantes que podemos superar esse turbilhão e que
não estaremos nunca sozinhos para tal enfrentamento. Deus está conosco. Jesus
também está. Seus mensageiros nos acompanham e nos dão fôlego para sermos
fortes e seguirmos em frente. Se acreditarmos nisso, tudo o que compõe a nossa
receita pessoal de felicidade será conquistada ou simplesmente adaptada para um
melhor viver.
Acho que o maior problema está em sermos gratos nos problemas, e termos a compreensão de que aquilo acontece para o nosso bem. Porém, acho que devemos sempre procurar o lado bom da vida em qualquer situação. Se soubermos valorizar as pequenas coisas do dia-a-dia, talvez consigamos suportar melhor as fases difíceis e ter uma vida sempre feliz. Muitas vezes esquecemos de agradecer pelo alimento de cada dia, o teto que nos abriga, a família e os amigos que nos apoiam, a beleza da natureza ao nosso redor, enfim, coisas boas que passam despercebidas por nós.
ResponderExcluirExcelntes considerações, Henderson. Se iniciarmos tal postura, daqui a um tempo, estaremos sendo gratos instintivamente, naturalmente, pela prática de enxergar o bem nas pequenas coisas da vida. Abraços fraternos.
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