Bendita dualidade que nos move a crescer


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Toque duas vezes.

Dia, noite;
Quente, frio;
Feliz, infeliz;
Bom, mau;
Certo, errado...
Esses são alguns exemplos do que chamo de aspectos da dualidade em nossa vida. Eles estão conosco todos os dias e, na maioria das vezes, nem percebemos a sua importância para nós.
A princípio, acredito que todos vocês devem ter pensado que, nesta tal dualidade, existe o lado “bom” e o “não tão bom” de cada situação. Acredito também que deve ter passado por suas mentes que o melhor seria não termos de vivenciar o lado “não tão bom”, assim tudo seria muito melhor, mais harmônico e feliz. Mas, vamos começar uma análise diferente? O que seria de nós se não houvessem as trevas (falta de luz)? Imaginem uma semana, um mês, um ano sem a noite para que pudéssemos dormir! Agora, imaginem esse mesmo tempo sob uma temperatura tórrida sem jamais resfriar!
Essas dualidades nos dão a verdadeira importância de cada experiência que vivenciamos, porque a luz é ótima, mas precisamos da escuridão para serenarmos os nossos pensamentos e descansar nosso corpo.
Apesar disso, vocês poderiam pensar: e a infelicidade, será que necessitaríamos dela? Eu pergunto: será que valorizaríamos os momentos de alegria se não tivéssemos o seu contraponto para sentirmos como é bom merecer e vivenciar aquele estado de espírito?! Será que se fôssemos totalmente felizes, no patamar evolutivo em que estamos, daríamos outros passos para a compreensão de verdades que são essenciais para o nosso crescimento individual? Na verdade, na verdade, essa felicidade não seria plena, pois ainda temos muito o que conquistar para nos sentirmos felizes e íntegros ante a nossa jornada evolutiva!
Uma vez me foi explicado que essa dualidade é só “aparente”, ela não é real, e eu me surpreendi com tal afirmativa. Claro que quis entender melhor e a resposta a mim trazida foi simples, como é simples tudo o que vem de Deus: “A dualidade só é percebida por nós porque aquele ponto dual que realmente existe deixa de se manifestar.” Ou seja, as trevas somente "existem" quando não há a luz no ambiente; o frio só existe na ausência do calor; a infelicidade só é sentida, porque afastamos de nós os motivos para estarmos felizes; o mal só se manifesta quando nos recusamos a agir no bem. Preciso dizer mais?
Essa é uma das explicações que nos faz compreender a Majestade Divina, porque quando alguém afirma que Deus criou o mal, isso não é verdadeiro! Quando afirmamos que somos punidos ante as nossas atitudes equivocadas, isso também não é real! Da mesma forma que analisamos os demais itens, tanto o acerto quanto o erro têm a sua existência com base na falta de seu “oposto dual”.
Sei o que estão pensando: “claro que o erro existe, até porque erramos mais do que acertamos!” Mas, então, quero que acompanhem o meu raciocínio: o que é o erro? Erro é uma falha ou algo que considero ter feito de forma equivocada, de uma forma que foge ao padrão daquilo que acho correto. Se analisarmos que para todo erro, posteriormente virá o acerto, porque aprenderemos com todas as circunstâncias, então, no final, o erro só é uma parte do processo de aprendizado que é bom. Então, da mesma forma que os demais, o “erro” seria ainda a falta do “acerto”, do mesmo jeito que o “mal” é o nosso afastamento do “bem”.
Por isso, não podemos jamais dizer que Deus criou o mal, porque fomos nós que nos afastamos daquilo que Ele nos deu por essência: o bem. E é, por tentativas e escolhas, que optamos por abraçar o que melhor nos parecer, segundo o nosso entendimento do que é certo ou errado (outra dualidade).
Sei que vocês podem estar pensando que tudo o que eu digo está no plano das ideias porque o calor, a infelicidade, as trevas, o mal, o errado... são tão vivenciados por cada um de nós diariamente que não deixam de nos influenciar e nos trazer consequências. E se assim é, eles são concretos e se são concretos, eles existem!
A boa notícia, neste caso, é que, existindo ou não, se temos o entendimento da nossa participação na vivência dessas dualidades, podemos transmutá-las a nosso favor para que não alimentemos suas facetas negativas. Mas, se elas forem abraçadas por nós, que as enxerguemos como instrumentos evolutivos que nos impulsionam à evolução do nosso ser, diariamente.

Por isso, gratidão a Deus por TUDO nos ajudar a progredir! 

2 comentários :

  1. Quando nos perdoamos por ter errado e conseguimos perceber o quanto crescemos por ter errado... acredito que um passo enorme para a maturidade em todos o sentidos seja dado, para isso é necessário se despir do orgulho..

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  2. Maravilhosa análise, CS.
    Abraços fraternos.

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